22/09/2015

raios parta ao gato, comeu-me o fiambre outra vez

partilho o meu espaço com um gato.
Vou reformular, partilho o meu espaço com um senhor gato, com um felino digno desse nome, ou não fosse o bichano pesar quase 8 kg...por isso sim, tem um porte que impõe respeito. Mas é só mesmo o porte, de resto o Garfield é um menino ao pé dele no que toca a ser um autêntico devorador de comida e senhor de uma grande vida de dolce far niente.
Sendo o bichano de boa boca e muito alimento, é difícil ter comida à vista sem que esta esteja vigiada, não vá a mesma ir por boca alheia e de repente vejo-me com uns lombinhos a menos de uma dourada, sem o fiambre que estava no meio do pão ou até mesmo com o nível médio da sopa abaixo do normal dentro do meu prato.
É gato mas sabe bem quem é a dona. É independente, mas anda sempre atrás de mim. Mia por comida, mia por festas, mia porque tem dores de barriga, mia porque está chateado, mia porque faz birra...às vezes só falta mesmo falar.
Habituada há 5 anos a esta presença constante, dificilmente consigo imaginar o meu espaço sem o bichano. Nunca tinha tido um animal doméstico até essa altura, não imaginava ou conseguia compreender a imensa companhia que fazem, os laços que se criam, a cumplicidade que se gera.
Muitas vezes julgada pelas pequenas comparações que às vezes faço entre animais e pessoas, borrifo-me um bocado no assunto pois tenho bem consciência das diferenças e dos valores humanos, ainda que alguns estejam em défice nos dias que correm.



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