partilho o meu espaço com um gato.
Vou reformular, partilho o meu espaço com um senhor gato, com um felino
digno desse nome, ou não fosse o bichano pesar quase 8 kg...por isso
sim, tem um porte que impõe respeito. Mas é só mesmo o porte, de resto o
Garfield é um menino ao pé dele no que toca a ser um autêntico
devorador de comida e senhor de uma grande vida de dolce far niente.
Sendo o bichano de boa boca e muito alimento, é difícil ter comida à
vista sem que esta esteja vigiada, não vá a mesma ir por boca alheia e de
repente vejo-me com uns lombinhos a menos de uma dourada, sem o fiambre
que estava no meio do pão ou até mesmo com o nível médio da sopa abaixo
do normal dentro do meu prato.
É gato mas sabe bem quem é a dona. É independente, mas anda sempre atrás
de mim. Mia por comida, mia por festas, mia porque tem dores de
barriga, mia porque está chateado, mia porque faz birra...às vezes só
falta mesmo falar.
Habituada há 5 anos a esta presença constante, dificilmente consigo
imaginar o meu espaço sem o bichano. Nunca tinha tido um animal
doméstico até essa altura, não imaginava ou conseguia compreender a
imensa companhia que fazem, os laços que se criam, a cumplicidade que se
gera.
Muitas vezes julgada pelas pequenas comparações que às vezes faço
entre animais e pessoas, borrifo-me um bocado no assunto pois tenho bem
consciência das diferenças e dos valores humanos, ainda que alguns estejam em défice nos
dias que correm.
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