hoje é o último dia de Agosto.
Enquanto criança, estudante e
dependente dos pais, Agosto foi sinónimo de completa ausência de casa.
Era o mês do campismo, das termas, da terra da minha mãe, da família,
das minhas primas, das paixonetas de Verão, dos bailaricos, era de facto
o mês da liberdade.
Primeiro porque nunca gostei do sítio onde
morava, depois porque eram férias de tudo, da escola, das rotinas, das
tarefas domésticas (sim e muitas, ou não fosse eu filha de quem sou) e
porque era nessa altura que colocava a escrita e a leitura em dia (já
nessa altura tinha um enorme prazer em levar resmas de livros e cadernos
todos pipocos para escrever).
Depois veio o trabalho, vidinha por
conta própria, 22 dias de férias por ano (agora 25, vá nem tudo é mau),
enfim, vida de adulto...uma seca, e lá se foi o mês de Agosto inteirinho
por água abaixo.
Agora o meu mês de Agosto resume-se a 2 semanas
de férias totais (as outras duas ando quase só de corpo presente no
trabalho), mas nessas duas semanas venham as festas das aldeias, os
passeios de bicicleta, as tardes de sesta na casa da minha avó, os
desenhos das casas de pedra e as caminhadas nas noites quentes da Beira
Interior.
Podem me tirar os 31 dias do mês de Agosto...mas o prazer que ele me dá, esse ninguém mo tira...nem que seja só por uns dias.
Meu querido mes de Agosto e é mesmo. Porque mesmo para quem trabalha sabe sempre a férias.
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